A maior parte das pessoas que conheço, é totalmente descrente naquilo a que se chama "a mudança do ser humano". Eu sou daquelas que, ao contrário, acredita que todos temos essa capacidade e que, a maioria das vezes, a mudança nem é auto imposta, mas extra imposta, se é q essa expressão existe... Quero dizer com isto que acredito que as nossas vivências nos fazem mudar ideias, convicções, desejos, vontades. Que nisso resultam alterações aos nossos comportamentos e que é disso q a vida é feita, de imensos afluentes que vão transformando o nosso rio num mar de experiências.
Tudo isto para explicar que hoje me apercebi de outra mudança em mim. Sempre preferi pessoas complexas a pessoas "simples". Achava que era destas cabecinhas cheias de curvas e contracurvas que vinham as maiores emoções e as sensações mais deliciosas. Já não penso assim. Já não tenho pachorra. Já mudei. Mudei.
Acredito agora que a simplicidade é beleza rara. Acredito que estou longe de a ter. Que a minha cabeça também navega por mares já muito navegados e que a embarcação deve aportar em aguas mais calmas, mais sábias.
Fartei-me, cansei-me de gente que não sabe o q quer, pq se reveza entre mil ofertas. Fartei-me de jogatinas emocionais, onde não se brinca com dinheiro, mas com referencias.
Fartei-me.
E estou feliz por ter ganho esta percepção. Esta convicção. Ter aberto esta porta. Ter fechado outras tantas janelas para que não se faça mais corrente de ar.
Optei por mim.
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
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