quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Dias muito longos e noites de sono demasiado curtas

O dia em que eu aprender a fazer balanços reais, vai ser o dia em que não me colocarei tantas questões. Vai ser o dia em que vou saber seguir a estrada da esquerda ou da direita, mesmo que o passado me empurre para a frente.
Quero tirar-te de baixo da minha pele. Olhar-te e não te sentir e ter a certeza de que muito melhor há-de vir. Tudo presente, sem permitir lugar a mais ninguém, ainda que a porta esteja aberta.
Quero olhar-vos e saber que não mais me tocam, saber que não mais me magoam e atingem. Quero remeter-vos ao lixo que são e não deixar sequer, o odor putrefacto que exalam, rondar-me as narinas.
Há luzes que estão longe e caminhos sem atalhos. Foi sempre assim, mas nem sempre o soube. Agora passou a ser certeza.
Sou quem sou, cada dia mais. Sei quem fui e sei porque o fui.
Saudade do teu abraço demasiado familiar para ser largado.
Será largado. Se é que já não o foi.

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