segunda-feira, 31 de março de 2008

Us


It took me 29 years to realize how sublime we can be.


Thank's for all the times we were one.

domingo, 30 de março de 2008

Elas e o sexo (ou a falta dele)


Quase a terminar o fim de semana, vem-me à cabeça um pensamento que já se tornou certeza há vários anos: "Há poucas coisas que animem uma mulher, como uma boa noite de sexo".

Isto porque, uma amiga me confessa estar de péssimo humor e sei que a vida sexual dela é, há mais de 6 meses, igual ao deserto do Sahara... Um deserto!
Ou porque a outra tem ataques de mau feitio e sei que não vê homem há mais de, sei lá, quanto tempo... Ou porque, quando amanhã chegar ao trabalho e alguma das colegas estiver com um sorriso mais rasgado em oposição às carantonhas que normalmente exibem, virá na certa conversa em que "ontem ele não me deixou dormir, eheheh..." E, meus amigos, estas insónias, em gente que já leva mais de 20 anos de casamento, é motivo para champagne e reunião geral de trabalhadores para se divulgar tamanho evento. Believe me!!!
Também posso dar o exemplo da outra que era tão ansiosa, mas que virava miss relaxada quando algum macho com pegada forte a fazia lembrar para que é que línguas, mãos, pipis e pilinhas servem, quando não estão em repouso absoluto ou a ser utilizados nas suas funções menos excitantes. No dia seguinte era vê-la de voz melada, lenta, sorriso de orelha a orelha e olhinhos de carneiro mal morto, toda delico-doce com o Mundo e seus arredores.

Efectivamente, o sexo é o elixir da vida! É o elixir da jovialidade, das peles sem rugas e brilhantes. Do riso proveniente do nada, a não ser das belas recordações que alguém nos ajudou a construir. Da perda mais saborosa de gramas ou quilos, consoante o desempenho dos artistas...
Da simpatia e extrema compreensão pelos problemas da vizinha de cima e do aborrecedor colega de sala.

Acredito que as mulheres devem sempre ter um ou mais amigos para situações em que o amor não seja situação presente, em que não se tem namorado, marido ou coisa parecida. Sou apologista da prateleira, de os arrumar muito direitinhos e ir buscá-los quando precisamos. E sou apologista que deve ser sempre mais do que um, porque devemos inovar e renovar sempre que podemos. E em matéria de sexo, pode-se quase tudo, basta ter a desinibição, a vontade e a cabeça aberta para contornar preconceitos idiotas que algemam as mulheres a realidades impostas por homens.

Muito importante será saber que a prateleira nunca deverá ser composta por parceiros que tenham nota medíocre ou negativa no desempenho! Nuuuunca!!! Os nossos amigos emprateleirados, devem ser excelentes amantes, senão, para quê mantê-los? A sua função estrita é proporcionar prazer, assim sendo, uma mulher não deverá continuar com um pouco eficaz, se este não tem capacidade para a fazer feliz naqueles momentos em que os dois corpos entram em fusão total. É que o sexo, no meu entender, deve apenas ser praticado com pessoas que conseguem dar e receber da forma que queremos dar e receber. Nunca mais ou nunca menos. O equilíbrio deve ser total. Nunca deve ser vulgarizado, desprezado e tratado como uma coisa mecânica, porque é de nós que se trata. Do nosso corpo, da nossa pele, da nossa língua, da nossa vagina, das nossas pernas, dos nosso cabelos, dos nossos fluídos. E dos de alguém em quem tocamos, entramos, saímos e ficamos. Nem que seja por 1 minuto apenas.

Quando não há amor, há tudo o que resta.

sábado, 29 de março de 2008

Baba Nam Kevalam


Hoje fiz meditação pela 1ª vez. Gostei da sensação, apesar de, a certa altura, ter ficado com um pouco de medo por ser-me desconfortável pressentir a falta de controle das situações...

Mas bom, gostei :) !!!!


Quero urgentemente ganhar tempo durante os meus dias, para me dedicar a estas e outras coisas, que me façam crescer espiritualmente e tornar-me um ser humano mais saudável.

Quero limpar a mente de um monte de coisas inúteis à minha vida. Quero desenvolver cada vez mais uma ligação forte, um laço eficaz com a mãe terra, com o cosmos, com as energias, as boas energias, que vibram à minha volta. E soltar-me das amarras que me fazem desenvolver más vibrações...


Eu chego lá ;)



sexta-feira, 28 de março de 2008

Nouvelle


When routine bites hard and ambitions are low. And resentment rides high but emotions won't grow. And we're changing our ways, taking different roads. Then love, love will tear us apart again. Love, love will tear us apart again. Do you cry out in your sleep, all my failings expose? Gets a taste in my mouth as desperation takes hold. Why is it something so good, just can't function no more? And Love, love will tear us apart again.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Sara Rodrigues, achada(o) no myspace!!!


Foi-me proposto que encontrasse uma banda de garagem e criasse a sua imagem, isto é, criasse tudo, desde um simples logótipo até ao merchandising. Por isso, tenho andado a pesquisar no myspace sem grande vontade, mas com a certeza que por lá se encontram centenas de milhares de artistas e, dentro desse nº exorbitante, algumas dezenas de futuras estrelas.
Pois bem, estava agora de noite a cumprir a minha missão diária de investigação, quando encontrei a página da Sara Rodrigues e...... ADOREI o que ouvi!!! Confesso que já andava meio desmotivada, tanto porque as bandas que tinha encontrado eram basicamente iguais a tantas outras, ou porque não estava com muita vontade de criar algo para quem não conheço, quem não visualizo, quem não sinto, cheiro ou entendo... Mas a Sara fez-me ter vontade de investir neste projecto porque, para além de ter uma voz excelente, é altamente melódica, canta letras que fazem todo o sentido e tem uma figura muito boa. Honestamente, acho-a ao nível da Mia Rose, menina tornada recentemente famosa através do youtube... Assim sendo, deixo aqui o link para a página da Sara, porque infelizmente não consegui "sacar" nenhuma música para o meu computador :) Parabéns myspace pela segurança criada para quem por lá publica ou divulga a sua arte!

Basta-me agora pedir permissão à artista para iniciar este projecto...

http://www.myspace.com/saraccrodrigues

quarta-feira, 26 de março de 2008

Ar


A rotina sufoca-me como uma corda grossa, castanha, entrelaçada sobre si, presa ao meu pescoço. A rotina rouba-me o ar. A rotina faze-me andar de trás para a frente e da frente para trás, como um animal acossado, em busca da greta que me faça sair.

Talvez por isso este blog se chame "verbo ir". Talvez por isso o meu conceito favorito seja o dado por um "vamos" e não por amor, amizade, carinho, fofuras ou outros que tais.
A ansiedade sobe-me a 1000 à hora, do estomâgo até à garganta. Quero quebrar este enjoo que se proporciona e espero saber como o fazer. Acho que sei.

Apenas(?) basta haver coragem.


2008, happy but breathing hard.

terça-feira, 25 de março de 2008

sábado, 22 de março de 2008

Templo

O único templo sagrado que conheço sou eu mesma. Só eu me basto, só eu me alimento, só eu me guio.

Queria ser como a tribo de "O deuses deveme estar loucos" .

sexta-feira, 21 de março de 2008

quarta-feira, 19 de março de 2008

Someone said


(...) Porque eu estava a sentir-me tão sozinho... Tinha saudades dela e das coisas que faziamos juntos, entendes?

Sim, sim entendo... E porque não lhe telefonas ou a procuras? Eu posso ajudar-te...

Não... Eu já tentei, até já o fiz, mas agora não quero mais...

Porquê?

Porque eu posso não saber dela, mas ela sabe de mim. Se estamos assim, é porque ela quer.(...)

Vale a pena ocupar uns minutos. . .


A partir de 28 de Março, Feira Lisboa Alternativa (visitar em www.terraalternativa.com)

E... um site cheio de testes, dicas, curiosidades e prémios, sendo tudo relacionado com modos de vida saudáveis: http://www.performance.pt

terça-feira, 18 de março de 2008

Teste de atenção

Até onde é que o nosso cérebro consegue percepcionar alguma coisa, quando está focado noutra?

Esta campanha publicitária demonstra por A + B que não estamos preparados para as supresas do dia-a-dia.
Eu tive que fazer o teste 3 vezes...

Alimentar-me


Vou, vou, vou, vou!


Num conceito absolutamente inovador, “Four:
Espírito dos Elementos” distingue-se pela sua invulgar versatilidade, apresentando, em palco, diferentes formas de arte. Trata-se de uma surpreendente produção internacional que quebra as mais tradicionais barreiras da arte de representação. O genuíno espírito dos elementos da natureza, nomeadamente o Ar, o Fogo, a Terra e a Água são dissecados num admirável espectáculo cénico, que exibe um guarda-roupa de excepção. Numa ambiência poética, estes quatro elementos universais inspiram uma invulgar e deslumbrante fantasia representativa. A suave fluidez da Água, a vibrante pulsação da Terra, a flamejante paixão do Fogo ou o poder etéreo do Ar são a essência que transforma “Four: Espírito dos Elementos” num verdadeiro desafio à experiência de novas sensações.Com momentos fascinantes, “Four” torna o público protagonista do próprio espectáculo, convidando-o a ser o quinto elemento do mesmo. Com efeito, os “performers” descem do palco e estendem o seu espaço de actuação até aos
espectadores, proporcionando-lhes diferentes emoções.

domingo, 16 de março de 2008

Voltar atrás



Vivo um permanente espectáculo de marionetas nas tuas mãos.



Getting there



So quiet. . .













... and happy :)

quinta-feira, 13 de março de 2008

Hi5






Todos os dias me sobra um pouco de tempo para gastar a coscuvilhar os perfis de gente que nem sequer conheço, no site de relacionamentos "Hi5"... Com ele tenho uma relação de amor/ódio, já que me irrita profundamente assistir à decadência do verbo, do pensamento e da interacção verdadeira e crível, em prol da imagem mas, ao mesmo tempo, vai-me suscitando diáriamente a curiosidade de abrir outra e outra página, vêr algumas fotos na diagonal e lêr o que as pessoas têm a dizer, sobretudo acerca dos outros utilizadores.

Estava há uns minutos a vêr a página de uma das milhares de desconhecidas, uma tal de Ângela (no hi5 aparece com um nick-name de guerra), com quem tenho em comum um amigo que trabalha nas lides da televisão, quando me veio à cabeça a seguinte frase:
Everybody wants to be a role model or an opinion maker

... Talvez porque nos sintamos demasiado pequenos quando somos, ao mesmo tempo, actores e espectadores solitários da nossa vida...

... Talvez porque a Ângela não tenha nascido Maria Carlota, menina e moça da Lapa, pais celebérrimos nas suas profissões, dignos de capas de jornais e revistas cor-de rosa, habituada desde pequena a lidar com uma família imensa e jornalistas curiosos.

... E o Hi5 e todos os seus congéneres sejam a plataforma gratuita e pouco trabalhosa que permite à população ter o seu espaço, de livre acesso a milhares de outros anónimos, à distância de um clique. Uma fotografia mais ousada, uma pose mais provocante, um layout apelativo e uma rede de amigos constituídas por algumas centenas, senão milhares de outros anónimos e temos a possibilidade de, em menos de um ano, ter 50.000 visitas. Visitas a nós. Mesmo que sejam virtuais e não saibamos quem as fez, que não as sintamos, que nada nos acrescentem. O importante é que o nº cresça com o passar dos dias. Ou corre-se o risco de o falhanço da nossa vida real, passar para a virtual.



Fica-me a dúvida... Será isto um novo tipo de american dream, ou será um alimento para a alma? Será uma moda ou será que estamos, cada vez mais, desprovidos de conteúdos palpáveis?


Por favor alguém (n)os ajude.

Anseios

Gostava que a história pudesse ser contada de outra forma, que o começo tivesse sido relativamente parecido, mas que o desenrolar fosse radicalmente diferente.

Seria bom podermos utilizar borrachas (a minha seria certamente uma rotring porque são branquinhas, bonitas, inodoras e muuuuiiitooo eficazes) e termos a possibilidade de corrigir alguns erros, ou duplicar momentos de prazer ao repeti-los. Não me importaria nada que só houvesse duas oportunidades. Duas chegar-me-íam bem. Mas uma??... Uma passa a correr, em uma apenas, arriscamos o tudo ou o nada. Por vezes nem damos pela coisa passar de tão distraídos que andamos a absorver o certo ou o errado da vida.

As ondas não vêm às 7 de cada vez? A lua não tem 4 fases? A nossa vida não é contabilizada em 3 momentos? O relógio não tem 2 ponteiros que apontam para 12 números e tic-tacam repetitivamente até as pilhas acabarem?
Porque razão é que momentos, oportunidades, hipóteses e outros que tais, só nos são dados uma única vez?


Para M.C.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Muito bom



Ele admite ser Voyeur, que quer ver mais. A dada altura da vida, percebeu que prestava atenção ao rosto dos outros, à expressão, ao silêncio, um silêncio revelador. Andava pela rua e olhava fixamente. Para o íntimo e o desconhecido. Tentou decifrar. Não conseguiu. A verdade está bem escondida. Procurou voluntários para materializar as suas memórias dos rostos em silêncio. Encontrou quem lhe desse tudo (a um desconhecido!), uma entrega absoluta de emoções corporais e sentimentais.

Esta exposição de fotografia é o resultado deste estado de vigília tornado realidade.

19 a 31 de Março, no Casino de Lisboa:

http://www.ricardoalevizos.com/

AIII JEEEESUSSSS

" Os reembolsos de IRS deverão chegar mais tarde este ano: em Setembro para os contribuintes por conta de outrem e em Outubro para os trabalhadores independentes. "

Hmmm... Once tesa, forever tesa ahaha...

In que não é de inteligente



Sssshhhhhhh...

Mas que falta é esta?

Sem zapping é como sem rede.



2008
Para mim.

terça-feira, 11 de março de 2008

P.S

I bet you've had a hard time walking into a room full of people on your own, right? Yeah. I know that. I know what it is not to feel like your in the room until he looks at you or touches your hand or even makes a joke at your expense, just to let everyone know... You're with him. You're his.

(...)

So now, alone or not, you've got a walk ahead. Thing to remember is if we're all alone, then we're all together in that too.

(...)

What do you want? I know what I want, cause I'm holding it in my hands.

(...)

Do you think we'll ever see him again?
No sweetheart, never. So you have to stop waiting.

Pubiscidade ;)

Mr perfect life was not so perfect.

Ela sempre achara que ele tinha a vida perfeita. Mesmo que, quase tudo o que dela soubesse, fosse por suposição. É que não tinham amigos comuns, não tinham histórias comuns para além das que tinham construído um com o outro, não tinham partilhado brincadeiras de recreio ou corredores de trabalho.
A verdade, é que a única coisa que podiam chamar dos dois, era os seus corpos encontrarem-se algumas vezes por ano, em uns anos mais vezes que noutros.
Sexo, toques, saliva, não eram sinónimo de cumplicidades e intimidade, mas sim apenas de sexo, toques e saliva.

Só.

Uma noite passou a ser tudo diferente. Ele chamou-a porque a queria. Ela não o queria, mas foi ao seu encontro com intuito de colmatar outras ausências de recentes presenças.
Encontraram-se em frente a um hotel e foram para uma qualquer rua perto de uma praia, uma garrafa de vinho a pedido dela para facilitar o que daquele encontro viesse. Expectativas? Zero. Para quê mais?

O que aconteceu naquela noite?
Mais do que em todos os encontros passados. Ele estava irreconhecivel, perdido, uma criança a precisar de colo e falou, falou, contou-lhe coisas que ela não supunha existirem na vida perfeita que fantasiara.
Ela gostou de conhecer aquela versão que ele lhe apresentava e, mais uma vez, sentiu que a vida real é muito mais interessante que aquela que se inventa para os espectadores do dia-a-dia. Retribuiu, subtraindo um pouco de espaço ao fosso enorme que os separava e também falou de si. Mas pouco.

No fim de todas as horas, o cigarro que foi fumado não foi o do pós-coito, mas o de um novo pós, em que nunca mais voltaria a caber sexo, toques e saliva.

Obrigada.



Para N, de nim, porque não é nem nunca foi um não ou um sim na minha vida.
2008

segunda-feira, 10 de março de 2008

Eu não tenho mestre


Acabei de chegar de um briefing sobre uma empresa que vende os modos de vida saudáveis e, tal como se pretende em pleno séc XXI, passam por corpo e mente. Aprendi algumas coisas, relembrei outras, absorvi o que pude.

Lembrei-me, pq falámos em Ayurveda, que tive um N.F. na minha vida, que me ensinou o que isso era. Dei por mim, em plena conferência, a ver-me deitada no chão de uma casinha na Bahia, a ser massajada por umas mãos que não eram as mais experientes, mas eram as que eu achava serem as do homem que me acompanharia por toda a vida. Ainda hoje se fechar os olhos, sinto a areia do chão de cimento (concreto em "brasileiro"), vejo as formigas a roçarem a minha cara, ouço a gargalhada dele a gozar com os seus próprios pés que, ao contrário do resto do corpo, estavam a ganhar rugas...
Passaram mais de 2 anos desde então, mas continua a ser uma das mais marcantes experiências que vivi e que ainda sinto como se estivesse apenas a meses de distância. Hoje sei que não a trocaria por outra mais leve. Tudo o que dela adveio, foi absurdamente intenso. Tornei-me uma pessoa diferente, não em essência, mas em resistência. Cedi e quebrei e aprendi que o meu corpo tem limites.

A empresa que veio apresentar o briefing tem sede em Oeiras.
Linha, linha, linha... A linha do Estoril tem marcado a minha vida desde que me lembro de existir. Não sou fã da arrogância primária e bairrista que existe naquela zona da grande Lisboa, mas sou fã de outras coisas, como os (lá está) modos de vida saudáveis. Sou fã das praias. Sou fã dos calçadões. Sou fã...

É na Linha que está o epicentro daquilo a que, neste momento, eu chamo de maior incoerência na minha vida. É na Linha que mora.
Era à Linha que eu ía fundir sentimentos, pensamentos. Não foi na Linha que começou, mas foi na Linha que acabou. Foi a Linha quem testemunhou o bom e o mau, que bebeu os litros de gasolina que o meu carro fez durante meses. Foi para o ar da Linha que se evaporaram todas as gotas de verdade e mentira.

Hoje foi noite de pontos finais. O surreal da questão foi que, enquanto discutia com um a sua falta de atenção e desamor, recebia mensagens de outro, pedindo-me para estarmos juntos. Kafkiano um e outro terem-se revezado na minha vida ao longo destes anos, sem ambos saberem ou até sem eu própria me aperceber... Um substituiu o outro, que depois foi substituido pelo primeiro e tudo resultou numa enorme salada portuguesa, com sabor a pedras de calçada e calçadões improvisados... E tudo foi acabar em Lisboa, numa banheira que nunca albergou nenhum, que é apenas minha. Paradoxal, aquele que pede para não me vêr ser solteiro e, o que me exige presença, ser casado.

Nunca mais me voltes a dizer que faço jogos. Estou tão cansada de ser eu e mais eu... Estou tão cansada de não os fazer e não ser como a história do mestre e do discipulo, em que um ensina ao outro a arte da paciência, do saber esperar. EU NÃO SEI. EU NÃO SEI. EU SEI QUE QUANDO ESPERO MUITO , AS COISAS NÃO ME VÊM.
ESTOU TÃO CANSADA.

Quase fora de mim.

Desiludida, sem razão aparente, desiludida, caminhando para um lugar que desconheço. Esperando que o tempo passe e que quando chegar ao seu final, eu seja uma pessoa mais rica para poder fazer disso uma mais valia e não depender de ninguém. Já dizia o Palma, a dependência é uma besta e dá cabo do desejo...

Não volto a cuspir para o ar e a afirmar nada com veemência. É quando a vida me prega mais rasteiras.

A única coisa que agora sei é que já passei por isto antes e é preciso saber caminhar. Que cada passo que der, é percurso a menos para a luz. Que a falta vai sendo desvanecida com os pés. Que a memória um dia se apaga e tudo passa a ser relativamente pequeno e de fácil análise.

Custa-me tanto tirar-te e perceber que não te vou vêr caminhar.


2008

Se me amas


Se me amas
Se me queres
Nao procures aquilo que
Nao ha em mim

Se me amas
Se me queres
Nao me prendas
Sempre ao pé de ti

Se me amas
Se me queres
Nao facas de mim palhaco
Nao quero ser um fracasso
Nas tuas maos

Ja te disse toma cuidado
Que o amor quer-se bem passado
Quando chega a submissao
Quando chega a obrigacao
Ha por ai muitas damas
Se me amas
Se me amas
Se me queres
Nao me facas nunca
Dizer que nao
Se me amas se me queres
Nao facas de mim palhaco
Nao quero ser um fracasso
Nas tuas maos...

Ja te disse toma cuidado
Que o amor quer-se bem passado
Quando chega a submissao
Quando chega a obrigacao
Ha por ai muitas damas
Se me amas

domingo, 9 de março de 2008

URGENTE

Aprender a escrever qdo se está bem, benzinho, porreirinha, bacana! Aaaaffffffff!!!

sábado, 8 de março de 2008

Carta ao Tiago

AMIGO, hoje é dia de estudo por aqui... Ontem também deveria ter sido, mas não tive tempo, não tive vontade, não estive comigo...Há dias assim, tu sabes... E eu estou naquelas fases chatas em que a única coisa que me apetece é festa, é dançar, é perder a cabeça, é dar e receber amor, é ir para Avalon e não voltar de lá, enquanto não ficar exausta... Exausta mas preenchida... Amigo, o Verão está aí. Mais meio ano passou e mais 1500 coisas aconteceram... A vida nunca é rotineira... Pelo menos a minha... Fiz um contrato cmgo mesma há uns 15 anos em que prometi que nunca deixaria que isso acontecesse e tenho conseguido nunca quebrar essa promessa, nem q me quebre 1001 vezes só por ela. Mas eu GOSTO, sabes, não sabes? Apesar de, de vez em qdo, sentir falta de uma lagoa que me acolha e abrace e acalme... De vez em qdo acho q a encontrei, mas logo a seguir faço ondas, faço mtas ondas e plim, afinal era mar aberto!!! Mas eu sou profissional dessas ondas e, por isso, jamais me afogo. Espero.... :)

Amigo, sinto a tua falta... Foste para tão longe e eu quis esquecer-te para não sofrer com a tua ausência… E quase esqueci, mas sempre que falavas cmgo, voltavas e voltavas para dentro… Amigo, não fui bem sucedida nesta tentativa de te tirar de mim, pq o teu lugar é aqui cmgo, aqui connosco, mesmo que estejas, estejamos, do outro lado do mundo… Para o ano sou eu… Serei? Eu quero, smp quis, sabes não sabes? Sabes que quando parti, não foi só em busca do amor mais que amor, mas foi em busca de mim… Que achei q me encontraria em alguma praia aí onde estás… E achei… achei a capacidade de sobreviver à agressão. A capacidade de enrijecer a casca. A capacidade de saber que amanhã acordamos e o sol brilha, mesmo que dentro de nós exista uma escuridão que não nos deixa encontrar caminhos.

Domingo, dia de melancolia, smp foi… Não gosto nada deles. Porque são o final anunciado, pq são a ânsia do começo do indesejado… Há coisas assim, que nos incomodam pela nossa estupidez, por mais nada…
Vou sair agora… Vou procurar uma esplanada e vou ler o que tenho que ler sobre comunicação interna, fusões, aquisições… Vou encher-me de conhecimento para dps transmiti-lo e lucrar com isso… Nem que seja, um caminho mais rápido para o passaporte para o Mundo.

Amigo, um beijo no coração.

Junho de 2007, quando ele ainda morava no Rio de Janeiro

sexta-feira, 7 de março de 2008

Interdisciplinaridade


Aprendi q o meu volante consegue desempenhar outras funções, que não seja guiar-me desviando-me dos obstáculos. Serve-me de leme... Ando a agarrá-lo com força e braços a mais. Parabéns ao meu volante por ser versátil.

Frases a um amigo


Perdi a conta ao nº de vezes em que caí, fiquei, rolei, tentei, baixei, ergui, impulsionei e consegui. Consigo sempre. És tu, igual a ti próprio e a tantos outros. És tu, aquele que se julga maior, quando tantas vezes nem sequer sabe o que é ser maior. És tu que morres de medo de sair da concha, porque não sabes viver para mais ninguém... Só para o teu umbigo. Se um dia eu entrasse na tua cabeça, ficaria ali sentada... Pernas a balançar, trás para a frente, mãos sobre os joelhos, parada a observar. Haveria tanto para vêr, que sei que não me bastariam todos os dias de um ano, para conseguir compreender-te. E depois saíria dali em silêncio, porque é isso que acontece quando somos preenchidos por algo... Deixa de haver o que dizer, porque tudo foi consumido.



2008

Canibalismo mental


Um dia tu acordas e pensas em quantas vezes terás ouvido coisas que não eram verdade, senão para a pessoa que as dizia. E começas a pensar em quantas mentiras viveste, em quantas colocaste toda a tua fé, nos personagens que te apresentaram e tu pensaste serem reais e depois tudo te parece demasiado complicado para acreditares que nada aconteceu. E então tu decides que os pontos foram inventados para serem colocados nos i's e então decides voltar a cara e viras costas e caminhas na direcção oposta àquela realidade. Perguntas-te se isso é vida, se aquilo foi vida de alguém e sabes que foi, que sim, que houve uma pessoa que se alimentou disso, mas que foi um acto canibal, porque se alimentou de ti, até ao ponto em que permitiste.




2008

Ele, elas e o sexo


Muitas vezes, quando estava a fazer sexo, ele perguntava-se se estaria a fazê-lo para si, para ambos, para o outro ou para ninguém...A maior parte das vezes, fazia-o para si ou, pelo menos, tentava. Muitas vezes as parceiras não eram mestras na arte, muitas vezes não balançavam as coxas da forma que ele tanto gostava, não tinham o folego ou a ousadia que o excitava... Aí então, ele fechava os olhos e imaginava-se estar com aquela outra que o tinha levado ao céu tantas e tantas vezes e concentrava-se numa imagem, em sentidos antigos e depois gozava... Outras vezes, nem chegava a gozar, mas não se importava. Sabia que era só mais uma troca de alguma coisa, sem sentimentos que possuissem qualquer um dos dois, sem contratos, sem obrigações. Apenas dois corpos num encontro breve e facilmente esquecido.A partir da vigésima, perdeu a conta ao nº de mulheres com que dormiu. Tanto pela pouca importância que dava a nºs, como pela ausência de laços com a maioria delas.Amar, tinha amado quatro ou cinco... E sempre que se apaixonava pela seguinte, achava que nenhum amor tinha sido como aquele. Até ao próximo.


16/02/2008

Antes de ir, começo a ver movimentações neste ficar


E começo a perceber que a contagem regressiva já começou em imensas cabeças. Na minha começou no dia em que acabou. Tenho saudades de acordar cedo de manhã, pegar no saco e ir. Tenho saudades de sentir o coração mais acelerado, só de imaginar que ía ter pela frente um dia que, certamente, iria ser dividido entre agua e risos. Tenho saudades dos seus olhos, dos dois, dos quatro... Tenho saudades do sorriso do outro e das piadolas sem graça do aqueloutro... Tenho saudades de n me lembrar de olhar para o telemovel, simplesmente pq quem tinha q estar presente, estava ali.Tenho saudades de sentir tudo auqilo um pedaço meu.Sei que a contagem começou, eu sei. Quero q tudo seja, pelo menos, parecido com o inesperado que já foi. Que aconteça assim, plim plim...Quero poder partir com a total certeza de que o sorriso rasgado e o coração cheio, são sinais de mais 4 meses tão quentes.

Utopia


Gostava de ser, assim daquelas que estão sempre de sorriso na boca, que aceitam passivamente o bom e o mau, que gostam de praticamente toda a gente, porque toda a gente tem o seu lado bom e é tão querida!!! Não sou nada assim. Não sou, não sei se alguma vez serei. Vivo a vida com demasiada vida para conseguir passar por cima das coisas que não gosto. E não gosto de uma data delas. Ora, eu não gosto de gente bimba, por exemplo. Não gosto que chamem "menino/a" às crianças, não gosto de gente que fala um português assustador, não gosto de arrotos nem de puns. Não gosto de peixeiradas nem de gente que se gaba do que tem. Não gosto de telemóveis a tocar qdo se janta fora ou qdo se está no cinema. Chamem-me tia, chata, o que quiserem.Depois, tenho outros defeitos... Tenho a língua mais veloz que o pensamento e, normalmente, por ela sai o que penso. Aos 29 anos já deveria saber convictamente que o ser humano foi feito para ouvir o que quer e não o que o outro quer. Aliás, agora que penso nisso, lembro-me de ter aprendido esta lição cedinho... Mas fuck it, a liberdade é o meu maior bem e qdo a perder, tá tudo perdido.Depois gosto de pessoas inteligentes, o que também me trás dores de cabeça, pq quem tem alguns neurónios, por norma complica e, se eu já sou a miss complicada da minha rua, então se me junto a gente do meu gabarito, a coisa fica preta. Bom mesmo, é qdo conhecemos aquelas pessoas que usam os seus neurónios para algumas actividades com menor capacidade de envelhecimento da epiderme e passamos óptimas tardes a rir. Gostava então de aprender a direccionar os meus interesses e expectativas para coisas que me trouxessem mais sorrisos. De fazer desporto. A saúde exige e a minha vaidade grita. De saber estar sozinha, sem me incomodar.De não depender de sentimentos que são criados por mim, à minha medida.De dizer STOP qdo o meu sexto sentido me abana a cabeça e diz pára pára pára, sua monga!!!! Ou de saber dizer STOP mais cedo, sem ser eternamente masoquista.Gostava de ser como aquelas de quem falei lá em cima e não esmiuçar com tanta precisão os defeitos que descobri nos outros. Que quando um ser humano te dá o pior de si, é porque não mereceu nunca o melhor que deste. E o tempo passa e passo a remeter A ou B para aquele limbo de indiferença em que tanto me faz a pessoa estar bem ou mal, porque simplesmente deixou de existir no meu mundo.Era bom que não fosse assim e que a minha arca frigorifica não estivesse tão cheia de cadáveres... Não porque os cadáveres me incomodem, porque nem alma lhes dou, mas sim porque, para ter tido vontade de os congelar, tive que conhecer o seu lado pior.Num mundo perfeito e que não existe, o ser humano tem total incapacidade de magoar o outro. No meu mundo, só entra quem aceitar essa regra.


2008

Um doce para quem souber


Como é que se volta ao que se era, se se mudou, porque o que era, não era o ideal? Como é que se habitua um corpo a limitar-se a si próprio, se se passou a ter outro de encosto? Como é que se volta a conversar com os botões, se nos habituámos a não ter roupa.

2008

Mind the gap!!!




Às vezes olho para ti ou ouço-te e penso que és das melhores pessoas que conheço e que estranho seria se eu não me tivesse apaixonado.
Mas outras olho e penso que és mais um erro de avaliação e que a tristeza que sinto é pela sensação de derrota e não pela excelente pessoa que poderei estar a perder.



2008

Pura ficção




Há dias em que não devíamos ter saído da cama! Há dias em q os minutos transformam as horas q se seguem, os dias q se seguem, os meses q se seguem.
Tenho saudades tuas e do q vivemos. Tenho saudades de como me fazias rir, de como me fazias sentir que ainda poderiam haver pessoas como tu. Não é todos os dias q assim acordo. A maioria das vezes ando bem e desligada. Ainda ontem fartei-me de dar lições de bem viver a um amigo q anda infeliz. Ainda ontem eu era a dona da razão e das palavras. Bastaram 10h de sono para abrir os olhos e sentir a tua falta, sentir raiva de mim porque não tenho o q queria e não vou ter. Foste embora e não voltas. Será que alguma vez aqui estiveste?
Antes de ti houve outros por quem também fiquei triste. Antes de ti houve outros q deixei. Eu sei q daqui a uns tempos, vou poder olhar para ti e não sentir nada e pensar q tonta fui em permitir q me abalasses. Só que hoje, para alem de ter acordado assim, li mais umas páginas do Diário da Nossa Paixão e dei por mim tão triste na banheira. Triste porque sei q houve uma noite q não ligaste porque estavas a ver o filme. E não era comigo q estavas. Triste porque senti falta e ciúme e inveja disso, porque não gosto de ter estes sentimentos q me corroem a alma e me desgastam a mente, porque hoje talvez não mereças uma única lágrima minha. Quem sabe se alguma vez mereceste.
Porque há minutos q transformam a nossa vida. Minutos q se transformam em horas e dias e meses e quando damos por nos, somamos mais uma experiência q gostávamos q tivesse sido da vizinha do lado.


Para N.

2005

São Tomé


Fizeste-me sem mesmo saberes, deixar a alma aí, na tua ilha. A esta hora já tinhamos jantado por cima da praia, já estávamos no bar a morrermos debaixo daquele calor mais que abusadoramente húmido. Corpos moles e transpirados a beber martini e gin tonico, tudo sem gelo claro, que não se sabe se é feito com água da torneira. E depois íamos mergulhar na piscina que está mais quente que o ar que respiramos e nos faz ainda suar mais. Acabávamos a noite a sentir o poder do Aloe Vera, que não sabes, mas salvou-me a pele...
Estou aqui sentada e lembro-me que ontem te tinha dito que quando me afastei no barco não tive vontade de chorar. Que a terra que não é tua, mas que adoptaste como sendo, não me tinha entrado no corpo. Ontem era verdade e hoje já não é. Tenho mesmo muitas saudades de ver aquele pôr do sol, de sentir aquela humidade, de passar horas a fio dentro daquele mar tão salgado e quente, de rir com o sr. Manuel, dos macacos da Maria, das tuas mãos... Gosto muito da vida que me proporcionaste conhecer.

E sinto falta de tudo.
For Peter
2005, depois de São Tomé

From Canada to Lisbon


São aquelas alturas em que o bom se transforma em muito bom e então passa a ser óptimo. E danças, danças e ris e olhas e sabes que a noite não tem fim e que o dia é mais um minuto entre outros momentos iguais. E giras com a saia a fazer-te voar e abres os braços porque queres abraçar o mundo e ensinar quem não sabe, que tocar é bom, que beijos são motivos de viver e que quando os olhos se fecharem, irão abrir-se para estrelas que caem do céu e que inundam a tua alma. E é tudo isso que sentes e que desejas que os outros alcancem, nem que seja por um segundo... Basta isso para, também eles abrirem um sorriso igual ao que permanece na tua boca. E basta isso para que te sintas sempre e sempre viva.

Para a minha amiga Susan

Quem muito corre, tropeça


Fazes-me falta.

Porque o tempo dá-nos tempo e depois nos excedemos. Porque corremos atrás, mas sabemos que quando corremos muito, a coisa não corre bem. Porque há falta de quem vá também. Porque queria um sorriso, porque queria. Porque te queria. Porque te sinto e sei, ou será que ainda não sei, que já não te vejo mais, só nas minhas memórias. E como te sinto. E como eu corro e penso que vais estar naquele virar de esquina, naquele momento, naquele lugar, mas tu não estas. E onde estas? Diz-me e diz-me onde. A tua voz, já não sei como é, mas sei de cor a tua pele e o teu cheiro. Se fecho os olhos, quase os sinto, ou sinto mesmo.
Deixei de fumar, sabias? Mas acabei de apagar um cigarro.

Para N.F
2006

Vamos?




Vamos fazê-lo de outra forma, vamos dar-lhe outra cor. Vamos olhar para a situação e decidir que, a partir de hoje, nada será como dantes. Mas vamos fazê-lo com fé!!! E falo de FÉ, não de fé.... Queres? Acreditas? Sentes-te? Eu não tenho dúvidas! Alias, se é para fazer as coisas, que sejam bem feitas. Não gosto de meias palavras, nunca gostei... Muito menos de meios jogos. Quando se joga, não se vira a cara, não se atende o telefone e não se olha para a televisão. Baralha-se as cartas, parte-se e dá-se e ninguém tira os olhos da mesa. Por isso, quando te digo que vamos fazê-lo, o que quero mesmo dizer é: vamos fazer-nos. Queres?



Para N.
2005

Não sabes, mas...

Não sou mto diferente de ti, dele, ou dela... Sou como sou, vivo da maneira que posso e gosto mto de ter esse poder. Ainda não cheguei aos 30, esse nº que assusta todas as mulheres, que faz (segundo uma amiga disse, pela combinação de não sei quantas luas), muitas de nós chorarem de medo por entenderem que passou (?) a barreira da meninice... Não... Pelo contrário, eu vivo numa eterna aura de criança que já viu muito e os meus olhos continuam a devorar o que veem, ainda com mais prazer do que há 20 anos atrás, pq agora degustam tudo com mto mais gozo.

Gosto de tocar as pessoas e nas pessoas. Adoro beijar os meus amigos e abraçá-los. Tenho alguns que ficaram para trás mas que não esqueço e que, secretamente, desejo reencontrar. Paixões tive, tenho muitas. Muuuuuiiiitttasssss!!! E gosto!!! Perco-me com pequenos detalhes que encontro nas pessoas, perco-me com criatividade, perco-me ainda mais com inteligência aliada a olhares cheios de significado. E perco-me com pureza, essa beleza rara. Acho que é isso. Amor, aquele que nos faz querer morrer antes da pessoa amada só pq o mundo não faz sentido sem ela, tive um. E sei que terei mais iguais, maiores que esse. Sempre sei de mim, qdo falo de amor...

A familia é pequena em número e somos, na maioria, mulheres. Talvez por isso, eu tenha aprendido a compreender tão acertadamente a cabeça feminina. Conheço as mulheres como poucos... Mas continuo a ter surpresas com amigas. Comigo mesma, irei ter para o resto da vida.
Sou feminista, mto feminista e fico puta com a falta de solidariedade feminina que abunda no mundo. Temos a capacidade de dar a vida a um ser, mas diariamente engolimos vidas alheias com a nossa falta de escrúpulos. E o pior de tudo, é que o motivo mais comum é um qualquer macho que achamos possuir. Pobres de espírito, é o que muitas vezes somos, donas do nada, donas da ilusão. Donas sequer da nossa vontade.

Emociono-me com um monte de questões sociais e tento, gosto, quero proteger os mais fracos, mas não tolero aquele que se torna fraco por estupidez, por passividade, por incompetência... Com tudo isto viro bicho e mtas vezes sou grosseira.

Os meus amigos dizem que sou meio maluca. Será?? Não gosto de rotular as pessoas assim... Chamar alguém de maluco, é facilitar a vida dessa pessoa, desresponsabilizando-a pelos seus actos. Mas se é dessa maneira que as pessoas gostam, então para mim, ser maluco é viver a vida que os outros escolhem para nós. É viver escondido com medo das situações, das pessoas, sem assumir cada gesto e, com isso, aniquila-los. Ser maluco é passar por este percurso mágico sem sentir o coração pulsar, a pele pulsar, o tesão crescer até explodir, é não gritar qdo o grito te sufoca, não dançar qdo o teu corpo já treme, é não inspirar toda a energia que te cerca... É não dar o beijo quando a boca só o pede. É não olhar uma cidade, um lugar, uma praia e não as interiorizar. É não ter um orgasmo com uma pintura, uma escultura, uma fotografia, uma catedral, um show fantástico, aquela peça de teatro, o filme que te preenche de algo, um livro!!!
É viver uma mentira e fazer todos os outros acreditarem nela, para que nossa vida fique menos dolorosa.
Ser maluco é não deixar o outro respirar, pq tu mesmo respiras com dificuldade.

Sei lá... Já escrevi demais.
21/06/2007 (Solstício de Verão)