sexta-feira, 7 de março de 2008

Pura ficção




Há dias em que não devíamos ter saído da cama! Há dias em q os minutos transformam as horas q se seguem, os dias q se seguem, os meses q se seguem.
Tenho saudades tuas e do q vivemos. Tenho saudades de como me fazias rir, de como me fazias sentir que ainda poderiam haver pessoas como tu. Não é todos os dias q assim acordo. A maioria das vezes ando bem e desligada. Ainda ontem fartei-me de dar lições de bem viver a um amigo q anda infeliz. Ainda ontem eu era a dona da razão e das palavras. Bastaram 10h de sono para abrir os olhos e sentir a tua falta, sentir raiva de mim porque não tenho o q queria e não vou ter. Foste embora e não voltas. Será que alguma vez aqui estiveste?
Antes de ti houve outros por quem também fiquei triste. Antes de ti houve outros q deixei. Eu sei q daqui a uns tempos, vou poder olhar para ti e não sentir nada e pensar q tonta fui em permitir q me abalasses. Só que hoje, para alem de ter acordado assim, li mais umas páginas do Diário da Nossa Paixão e dei por mim tão triste na banheira. Triste porque sei q houve uma noite q não ligaste porque estavas a ver o filme. E não era comigo q estavas. Triste porque senti falta e ciúme e inveja disso, porque não gosto de ter estes sentimentos q me corroem a alma e me desgastam a mente, porque hoje talvez não mereças uma única lágrima minha. Quem sabe se alguma vez mereceste.
Porque há minutos q transformam a nossa vida. Minutos q se transformam em horas e dias e meses e quando damos por nos, somamos mais uma experiência q gostávamos q tivesse sido da vizinha do lado.


Para N.

2005

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