sexta-feira, 7 de março de 2008

Não sabes, mas...

Não sou mto diferente de ti, dele, ou dela... Sou como sou, vivo da maneira que posso e gosto mto de ter esse poder. Ainda não cheguei aos 30, esse nº que assusta todas as mulheres, que faz (segundo uma amiga disse, pela combinação de não sei quantas luas), muitas de nós chorarem de medo por entenderem que passou (?) a barreira da meninice... Não... Pelo contrário, eu vivo numa eterna aura de criança que já viu muito e os meus olhos continuam a devorar o que veem, ainda com mais prazer do que há 20 anos atrás, pq agora degustam tudo com mto mais gozo.

Gosto de tocar as pessoas e nas pessoas. Adoro beijar os meus amigos e abraçá-los. Tenho alguns que ficaram para trás mas que não esqueço e que, secretamente, desejo reencontrar. Paixões tive, tenho muitas. Muuuuuiiiitttasssss!!! E gosto!!! Perco-me com pequenos detalhes que encontro nas pessoas, perco-me com criatividade, perco-me ainda mais com inteligência aliada a olhares cheios de significado. E perco-me com pureza, essa beleza rara. Acho que é isso. Amor, aquele que nos faz querer morrer antes da pessoa amada só pq o mundo não faz sentido sem ela, tive um. E sei que terei mais iguais, maiores que esse. Sempre sei de mim, qdo falo de amor...

A familia é pequena em número e somos, na maioria, mulheres. Talvez por isso, eu tenha aprendido a compreender tão acertadamente a cabeça feminina. Conheço as mulheres como poucos... Mas continuo a ter surpresas com amigas. Comigo mesma, irei ter para o resto da vida.
Sou feminista, mto feminista e fico puta com a falta de solidariedade feminina que abunda no mundo. Temos a capacidade de dar a vida a um ser, mas diariamente engolimos vidas alheias com a nossa falta de escrúpulos. E o pior de tudo, é que o motivo mais comum é um qualquer macho que achamos possuir. Pobres de espírito, é o que muitas vezes somos, donas do nada, donas da ilusão. Donas sequer da nossa vontade.

Emociono-me com um monte de questões sociais e tento, gosto, quero proteger os mais fracos, mas não tolero aquele que se torna fraco por estupidez, por passividade, por incompetência... Com tudo isto viro bicho e mtas vezes sou grosseira.

Os meus amigos dizem que sou meio maluca. Será?? Não gosto de rotular as pessoas assim... Chamar alguém de maluco, é facilitar a vida dessa pessoa, desresponsabilizando-a pelos seus actos. Mas se é dessa maneira que as pessoas gostam, então para mim, ser maluco é viver a vida que os outros escolhem para nós. É viver escondido com medo das situações, das pessoas, sem assumir cada gesto e, com isso, aniquila-los. Ser maluco é passar por este percurso mágico sem sentir o coração pulsar, a pele pulsar, o tesão crescer até explodir, é não gritar qdo o grito te sufoca, não dançar qdo o teu corpo já treme, é não inspirar toda a energia que te cerca... É não dar o beijo quando a boca só o pede. É não olhar uma cidade, um lugar, uma praia e não as interiorizar. É não ter um orgasmo com uma pintura, uma escultura, uma fotografia, uma catedral, um show fantástico, aquela peça de teatro, o filme que te preenche de algo, um livro!!!
É viver uma mentira e fazer todos os outros acreditarem nela, para que nossa vida fique menos dolorosa.
Ser maluco é não deixar o outro respirar, pq tu mesmo respiras com dificuldade.

Sei lá... Já escrevi demais.
21/06/2007 (Solstício de Verão)

1 comentário:

Anónimo disse...

Ser maluco é:

Viver no Júlio de Matos
Ser o teu companheiro de quarto
Respirar o ar que não preenches
Ser amigo do emplastro
Assistir na entrenet ao vídeo deles
É viver neste mundo e ser feliz
Passar por este mundo e não aproveitar
Estar neste jantar a olhar para estas 2 miúdas e conseguir estar aqui a escrever