sexta-feira, 9 de maio de 2008

O "bom dia" que a China continua a não merecer...

A fotografia acima é a face visivel da tentativa de manipulação dos media por parte da China, já que o Governo deste país veio a público denunciar monges tibetanos como sendo os fomentadores da violência nos mosteiros. Aqui se vê bem, quem são estes monges e de onde eles provêm.

Quando o Partido Comunista assumiu o poder na China em 1949, logo manifestou a intenção de 'libertar todos os territórios chineses, incluindo o Tibete'. 'Libertar' de que? Mao Tsé-tung especificou: 'Religião é veneno. Degenera a raça e retarda o progresso do país'. A religião era um dos principais elementos a definir o Tibete como nação. Os costumes e os ensinamentos budistas organizavam o calendário oficial e regulavam a ética profissional, as relações familiares e os assuntos nacionais. Monastérios e templos constituíam centros de estudos elevados e armazenavam de obras de arte a trabalhos sobre literatura, medicina, política etc. Em 1950, o Exército Popular de Libertação invadiu o Tibete pela primeira vez; muitas ações violentas se seguiram. Entre as atrocidades cometidas nos anos seguintes sob a égide da 'reforma democrática', houve a destruição e pilhagem de monastérios e conventos (dos mais de 6.000 que havia até 1955, restavam oito na década de 70) e a humilhação, tortura e execução de monges e monjas.A população foi dizimada em um sexto. Milhares buscaram o exílio e muitos se arriscam até hoje em fugas extenuantes pelo Himalaia atrás de liberdade. À violência das armas se seguiu outra estratégia de invasão e ocupação: a colonização. Há transferência maciça de chineses para a 'Região Autônoma (!) do Tibete', com acesso privilegiado ao ensino, empregos e cargos públicos. O IDH dos tibetanos é gritantemente inferior. Por meio da repressão ou ridicularização, suprimem-se os traços culturais tibetanos, a começar da proibição do idioma. Uma nação foi vilipendiada e parte do patrimônio histórico da humanidade foi quase condenada à extinção." Jornal Folha de São PauloEssa realidade tibetana não é levada em conta dentro opinião popular. As pessoas podem achar que os tibetanos são violentos, o Dalai-Lama é um líder que instiga a violência, ou que se omite nisso, em prol da libertação do país, mas não. De fato, os tibetanos foram oprimidos por muitos anos, e hoje querem sua autonomia, querem ter os seus limites nacionais e a sua soberania estatal reconhecidos. Praticamente às vésperas das olimpíadas, vemos o protesto do grupo "Reporteres sem Fronteiras". Eles trouxeram e exibiram na cerimônia em que a tocha olímpica seria acesa, uma bandeira de luta e protesto. Uma bandeira de cor escura e que trazia os anéis olímpicos dispostos do modo tradicional, mas sendo representados por algemas, fazendo alusão à repressão que a nação tibetana vêm sofrendo. Ou seja, na China, grande modelo econômico hoje se utiliza da violência e se cala os clamores dos tibetanos com assassinatos. Talvez por medo de um possível boicote econômico chinês, os países ocidentais estão se afastando do caso. É aquela história, é só fingir que não viu nada. Portanto, às pessoas que se consideram seres humanos, um apelo. Jogos olímpicos? Bom, será que é tão importante quanto o tratamento desumano de uma nação inteira, que simplesmente ignoramos e assistimos às modalidades e jogos na China? É simples assim? Esquecer que ao lado da derrota esportiva há uma derrota humana, vital? Já basta de assassinatos. Na China, que apesar de ser modelo econômico para vários países emergentes, não é e nunca será modelo de respeito aos direito humanos, respeito à vida. Desde Mao Tsé Tung a China vem tendo um retrospecto triste e caótico no campo social. A China vai bem, o povo vai muito mal. Isso nós temos e comum com os nossos companheiros asiáticos, chineses.
Este texto foi retirado do blog Recanto das Letras

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