sexta-feira, 2 de maio de 2008

Reflexões. Minhas...


1- Haverá coisa melhor do que uma praia, pés descalços a pisarem a areia e a molharem-se na água? Gaivotas a voarem a curta distância da tua cabeça, ao longe o verde da montanha e no horizonte tudo aquilo que a tua imaginação quiser?
2- Depois de ter lido a notícia que dava conta de que o Ronaldinho, jogador brasileiro de futebol, teria sido apanhado com três travestis praticamente com a boca na botija (dizem que se teria dado ao displante de não pagar a conta pela prestação dos serviços dos referidos senhores e um deles teria se apresentado na esquadra mais próxima ao motel, com os documentos do jogador e reclamou o seu dinheiro) pergunto-me como seria se vivessemos num mundo em que a sexualidade de cada um não fosse objecto de discriminação e, o único problema do Ronaldo, fosse ser caloteiro e não o facto de ser bi(?)sexual. Se a Nike deixaria de o querer patrocinar em 65 milhões de euros e não teria apenas escrito uma nota interna alertando-o para o cumprimento dos seus deveres ou, ainda, se não teria a própria marca pago a despesa do jogador.
3- A semana que passou trouxe-me, ou melhor, atirou-me à cara algumas realidades de forma meio violenta assim, sem mais nem menos, quase como se eu andasse a precisar de abanões para acordar para a vida. Às vezes fico doida com a incerteza que me ronda, ou com a certeza de que sou uma insatisfeita constante. Que alternativas tem um jovem neste país, um jovem que, apesar de ter mais de 10 anos de experiência profissional, não a tem na sua área de formação e avança diariamente em contra relógio?
4- Em que estarias a pensar quando me viste? Mas viste-me? E quando te aproximaste, em que pensavas? Se é que pensavas... E o sorriso, era meu?
5- Ela diz que eu sou uma vencedora, cheia de mérito e que poucas pessoas me igualam. Que poucas me fazem sombra. Não sei se assim o é. Não sei se, ao invés de ser a tal que avança e corre atrás, não serei a que retardou viver e que agora, tudo alcança com o triplo da dificuldade. Que histórias contarei eu a quem me quiser ouvir, quando já for velhinha, de cabelo branco, pernas bambas e olhos perdidos em alguma curva do passado?

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