domingo, 25 de maio de 2008

Procura-se (parte IV)


Faz hoje não sei quantos dias, sei que são muitos, que ando a procurar um bendito T1 nas zonas de Oeiras, Lisboa e Cascais (esta é a prioridade). Faz hoje não sei quantos dias, que ando a enviar e-mails, a fazer telefonemas, a gastar as minhas ricas lentes de contacto com o monitor do computador.


Estou com a sensação nítida de que o distrito de Lisboa encolheu, que no máximo há para aí umas 40 casas disponíveis desde o finalzinho da A5 até ao Castelo de são Jorge e que os mediadores imobiliários se chamam todos Raúl e só têm apartamentos de cólidade minha senhora e o melhor é vir vêr porque uma fotografia num e-mail engana muito e depois a senhora vai vêr e a casa é muito agradável com vistas de mar.


Parece que estou a viver um deja vu e que estou a ouvir o fulano que me vendeu o carro dizer-me que eu estava a fazer um negociozinho daqueles... E sorria do alto dos seus dentes saliente e separados (dentinhos de mentiroso) e olhava-me com olhos de já te comia, chapeuzinho vermelho e esfregava a barriguinha... Logo de seguida falava na sua esposa que estava em casa muito bem comportada, aguardando a chegada do seu valentão.


Ai ai... Eu só quero uma casa que seja o começo do meu amanhã.

2 comentários:

Psiquiatra Angustiado disse...

Gostei da descrição da compra do carro. Oxalá o referido automóvel não desiluda, e esteja ao nível de quem o vendeu!

Bah disse...

Ahaha... Graças a Deus que o meu piqueno só me desilude nas curvas... De resto, tem estado à altura do pretendido...